Segundo uma pesquisa realizada com mais de 8 mil professores da educação básica da rede pública na região Centro-Oeste do Brasil, 15,7% dos entrevistados apresentam a síndrome de burnout. A síndrome acomete principalmente profissionais idealistas e com altas expectativas em relação aos resultados do seu trabalho, e que na impossibilidade de alcançá-los, acabam decepcionados consigo mesmos e com a carreira. O estudo confirma a vulnerabilidade do docente à síndrome, uma vez que o excesso de exigências auto-impostas, associadas a uma série de outros fatores, expõem o profissional a um desgaste permanente. Assim, a tensão gerada entre o desejo de realizar um trabalho idealizado e a impossibilidade de concretizá-lo acaba por levar o profissional a um estado de desistência simbólica do ofício. Estas condições são confirmada pelos estudos realizados pela psicóloga Nádia Maria Beserra Leite, que analisou 8.744 questionários, respondidos por professores de ensino fundamental e médio, como parte do seu mestrado no Instituto de psicologia (IP) da Universidade de Brasília (UnB), sob orientação do professor Wanderley Codo. Nádia, é cautelosa quanto à generalização dos resultados, mas considera os dados preocupantes, pois caso o índice seja o mesmo em todo o País, por exemplo, então mais de 300 mil professores brasileiros convivem com a síndrome, isso somente no ensino básico. A síndrome de burnout pode afetar qualquer profissional, sendo mais comum em pessoas que desenvolvem atividades de constante contato humano, como: médicos, professores, psicólogos,bombeiros, policiais, e outros.
Nenhum comentário:
Postar um comentário